9 de setembro de 2021

Post mortem

 O meu interior segue Implodindo

No exterior sorrindo, indefinido como o artigo

Artilharia ideológica ao oprimido

Num tempo infinito a matéria se corrói

Não sou herói, tenho lixo na rua

Joguei praga na sua corja, me enoja ver o rumo que tomei

Mas num mundo sem Lei sou meu próprio Sensei, pensei

Sem aceitar tudo de cima. Abaixo à ditadura!

Deles: abaixo assinado, nas rua, outra postura

Postura errada só dá escoliose

Colunas estatais tortas por sustentar essa metamorfose

Em que transformou-se a leitura política, ó meu bem

Nada pior que se tornar vítima do cidadão de bem

Tal cidadão Kane, salvando o povo Mary Jane

Presos às teias de aranhas, redes de dinheiro e barganha

Olha teu sonho aí: sociedade só apanha

Poder assanha a mente tacanha, e arranha a constituição

Poluição informacional é isso aí

Quando gritavam: buu comunismo, logo vi

Relaxa aí, parça, se encaixe ao bingo

Cujo sorteio segue vivo em certos domingos

E o sete de Setembro foi lindo, instrutivo, impeditivo e artístico: pleno circo e fogo

Palhaço já não anima, largou a flor, trouxe chacina pro jogo

A redação contra a vacina, o alfabeto desanima

Não adianta, livro bom ao contrário é só mangá 

Orvil, pavio da guerra cultural, militar

Grito de lá só vem enquanto às instituições convém

Mostro os corpos: contem 

Lavemos copos pra ontem

Uma escolha muito difícil? Sei

Agora quer estourar seu próprio ovo chocado

De ópio pago por agro, a chaga tá no teu nome

E me consome a tua ideia que ainda paira: o Lula é problema também

Teu papo tem uma década, parceiro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário