O meu interior segue Implodindo
No exterior sorrindo, indefinido como o artigo
Artilharia ideológica ao oprimido
Num tempo infinito a matéria se corrói
Não sou herói, tenho lixo na rua
Joguei praga na sua corja, me enoja ver o rumo que tomei
Mas num mundo sem Lei sou meu próprio Sensei, pensei
Sem aceitar tudo de cima. Abaixo à ditadura!
Deles: abaixo assinado, nas rua, outra postura
Postura errada só dá escoliose
Colunas estatais tortas por sustentar essa metamorfose
Em que transformou-se a leitura política, ó meu bem
Nada pior que se tornar vítima do cidadão de bem
Tal cidadão Kane, salvando o povo Mary Jane
Presos às teias de aranhas, redes de dinheiro e barganha
Olha teu sonho aí: sociedade só apanha
Poder assanha a mente tacanha, e arranha a constituição
Poluição informacional é isso aí
Quando gritavam: buu comunismo, logo vi
Relaxa aí, parça, se encaixe ao bingo
Cujo sorteio segue vivo em certos domingos
E o sete de Setembro foi lindo, instrutivo, impeditivo e artístico: pleno circo e fogo
Palhaço já não anima, largou a flor, trouxe chacina pro jogo
A redação contra a vacina, o alfabeto desanima
Não adianta, livro bom ao contrário é só mangá
Orvil, pavio da guerra cultural, militar
Grito de lá só vem enquanto às instituições convém
Mostro os corpos: contem
Lavemos copos pra ontem
Uma escolha muito difícil? Sei
Agora quer estourar seu próprio ovo chocado
De ópio pago por agro, a chaga tá no teu nome
E me consome a tua ideia que ainda paira: o Lula é problema também
Teu papo tem uma década, parceiro...
Nenhum comentário:
Postar um comentário