Tenho medo de meu próprio sangue. Abastecidos pelo mesmo combustível, motores diferentes. O meu quebra, mesmo que a saudade aperta, tudo falha quando aproximo de vocês. É um túnel do tempo onde eu retorno, talvez me descubro de verdade e... talvez disso eu não goste
Não sei pq fujo mesmo parado. Solitude já foi solidão, e o coro do coração era: só volta
Eu tentei, mas fui vidro sensível. O teu timbre detona cristais e a sensação em meu cristalino é de choro virgem.
Dezenas de pessoas importantes dizendo que sou importante, que o que eu faço é mágica, uma herança criativa trágica: nunca deixe numa estante. Trajado, rajando outras vidas, histórias... fui meu Frankstein, todos batiam palma! Porém isso não me completa, do aplauso almejado eu fugia mais que o diabo daquelas duas retas.
Mas a culpa é minha: não sei quem sou, quem fui, nem ao mesmo sei quem quero ser. Talvez ser um fantasma é o que me dá prazer. Um fantasma criando seus próprios assombros.
Pergunto o que vou fazer pois um dia também quero um bebê a bordo
E essa minha nave não para em solo... Não quero o baby em órbita por constelações não familiares. Se for pra ser assim, melhor explodir meu núcleo. Mas se for assim, perco a jornada e suas estrelas
Meu pai dizia: ninguém é uma ilha
Também dizia: não desonre a nenhuma filha. Minha honra foi ouvir e refletir o que ele dizia, mas... faltou com o que ele fazia...
Entabulei conteúdo em minha tabula rasa depois que você já não era mais minha casa. Eu não lhe entendia... se consideravam isso ser inteligente, eu não queria! Abaixo à sabedoria!
Se até hoje demoro pra entender meus pais, destino guarda quanto tempo mais? Será que sobra tempo pra alguém me entender?