Parece que a cada momento me é agradável aumentar minha loucura.
Todas as paranoias, todas as ilusões, tudo o que me levar para outro mundo. Para longe de você. Tu és ilusão? Tu és verdade?
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Quem és tu? Ela me perguntava com ar de deboche.
Que poderia eu responder? Quando se perde a sanidade, simplesmente não há motivos, nem razões, muito menos porque.
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Foi então que meus pés começaram a correr involuntariamente, mas eu sabia que minha intenção era fugir dali. Não tinha respostas para esta pergunta, portanto, não poderia sequer afirmar existir naquele momento. Mas ás costas ela me reaparece, como se com todas aquelas pernas conseguisse alcançar esta presa com tanta facilidade.. Quem és tu? Me repreendia aquele ser disforme.
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E ele crescia na medida de meus atos. Seria então uma consciência? Pois ela me traz algo de certo. Algo como uma saudade estranha de um lugar onde eu esteja a salvo. De um porto seguro. Uma saudade de você.
Saudades. Ainda você? Até quando pretende ser esta larva astral em minha vida? Até quando vai se alimentar de mim?
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O que sigo? Este coelho branco? Terá ele a capacidade de me mostrar um caminho de tijolos amarelos? Olho para frente, e percebo que não estou andando, mas sim caindo..
E a gravidade vai me carregando para baixo. Talvez para o fundo. Talvez para o fundo de algo. Talvez para o fundo de mim.
"Mas os poços da fantasia acabam sempre por secar e o contador de histórias, cansado tentou escapar como podia: o resto amanha... Já é amanha"
- Lewis Carroll
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