16 de agosto de 2013

Let's talk about our sins, baby

É necessário, assim como foi e será.
És ainda para mim como um brinquedo. Que eu em meu ímpeto infantil, mesmo sem utilizar, não quero doar. Brinquedo pode aos seus olhos soar como ofensa. E tens profunda razão! Ofensa ao meu julgamento, pois brinquedos não conseguem nos ferir a alma.
Não vejo motivo algum para ainda ser assim. Gosto do doce, mas esta água com açúcar hoje me é indiferente. Ainda assim procuro em meus sonhos um de teus sorrisos, tão doces..
Catálogos e mais catálogos andam cheios de todas os males que adoecem a humanidade, mas dentro deles, não acho cura para a enfermidade que é muitas vezes o amor. Placebo a este vem se mostrando sua presença, mas não aceito estas modestas doses.

E quando você se perguntar o porque, não lhe responderei. Se nestas duas primaveras que passaram você não conseguiu entender, no que ajudarão pobres palavras?
Confesso, não és de todo um mal, mas o mal é um todo, e nele estas inclusa.
Algum mal vem para o bem, mas este não, esse mal me deixa dormir algumas horas a noite.
Sou ventania, sou ar, não tente de modo algum me conter quando anseio por estar em todo o lugar. Sou vento forte o bastante para mover idéias, mas muito fraco para novamente balançar seu coração..
E eu vou ficar aqui e você ai, eu com minhas idéias, visão de mundo e o bom gosto. Bom gosto, por ainda gostar de você. Terei tudo o que é meu comigo, você guarde tudo que for seu consigo. Mas há uma coisa que ainda quero dividir com você: a saudade.


13 de agosto de 2013

Por fora da caixa agnóstica

Você acorda, e o dia está aos poucos nascendo. Vai ao trabalho, enquanto os bosques florescem, pássaros cantam e os rios correm. Átomos se ligam e formam a água. Agradecemos esta bondade a desperdiçando pelas calçadas ou tentando com ela lavar o suor de nossos corpos, enquanto devíamos estar é limpando a imundície de nossas incrédulas almas.
Você esta cego a estes milagres do dia por não enxerga-los ao findar do ocaso, mas os milagres diários desta vida não deixam de estar la.
Vida estoura em nossas faces a cada momento que passamos em frente a um parque, mas fechamos esta janela olhando a nova loja de artigos, como se a natureza fosse um simples spam, propagando a inútil mensagem de viver a vida. As flores sempre estarão lá, elas podem esperar.. Quando percebermos, ao fechar esta sensível janela, fechamos também algo em nós mesmos.
Você questiona a existência de um Deus, ao mesmo tempo que não da o valor a estas pequenas, mas tão significantes coisas. São parte dele. Auto-expressão divina, natureza, chame como quiser.
A qualidade maior do puro poeta, é findar sua obra sem deixar assinatura. Sem ego, sem posse ou orgulho. Arte pela arte.
Fé é algo que a você é totalmente estranha e alheia. Se o víssemos, seria crer, não fé. E esta é algo mais profundo, algo mais forte e sincero.