Sou um reator nuclear, irradio cancros abertos.
Sou tóxico, amor. Um amor tóxico. No lixão nasce flor. Aqui não.
Conversei comigo essa noite e convenci meu eu do meio dia a mais um dia...
Um dia ou outro em meio a mim.
Eu não posso salvar o mundo. Eu não posso salvar o mundo. Eu não posso salvar ninguém.
Hoje abri um armário em minha mente e vi que o armário nem mesmo era meu. Joguei fora as gavetas.
Confira a tabela periódica: estou todo lá. Então... pq não conseguimos encontrar um meio termo entre nós?
Só notei a tragédia em meu destino quando pulei pelo penhasco pela décima vez e consegui retornar vivo após a sexta.
Faz sentido? Andar tanto tempo pelo vale das sombras e ainda assim fechar os olhos?
Sei que mesmo cego, consigo me encontrar pelo tato. Quer tentar me enxergar de fora? Fácil: sou uma fênix.
Bom, fechei a boutique e ouvi a tristeza de: ninguém. Os turistas não irão se incomodar em não me ter como souvenir. E vou desejando diariamente a todos uma boa viagem. Voltem quando quiserem. Estarei de peito aberto aguardando seu retorno com um amigável: olá!
A calorosa receptividade de quem sempre esteve aqui.
Meu peito dói agora. Espero não ser covid. Nunca quis tanto ter gases.
6 da manhã e sigo acordado. Ou acordando. O galo hoje cantará o sol? O olhar a beleza das coisas simples. Será que os galos tem timbres diferentes para dias nublados? Como será que os galos cantam a chuva? Bom, pouco importa. Eles cantam.
Adeus, males.
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