29 de dezembro de 2021

Almar

Teu dom tipo perrignon

Meu dom tipo perigando

Vison falso ostentando

Visando causar frisson


Viveu pelos peixes, só, morreu na praia

Quanto vale o peso que tu acumulava

Te cotaram homúnculo

Esse foi o cúmulo 

Quem te maculava

Vai pilhar teu túmulo

Quanto mais têm nada, asa mais pesada

Mano, não se apega, regra é: tu te basta

Ego são os prego pra te deixar pêgo

Vai ficar tão lindo numa tela em casa

Se martelar martírios, delírios, deliram

Galhos de mirtilos nascendo sorrindo

Se falta pra tu, bato, planto, produzo

Se sobrar pra mim, papos, cantos, servindo

Sorvendo sabores, papilas nos olhos

Me encho de cores. Meu vazio é ouro

Despeço e vou indo, volto ao meu garimpo

Descobri em mim o meu maior tesouro

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