18 de novembro de 2017

Esboços

É engraçado, mas as primeiras letras do meu alfabeto são o teu nome. Não há outra explicação para o fato de todas as frases que digo serem sobre vc.

Um dia ensolarado nascia. Com ele, nascia um bebê. A noite passada, levara sua mãe. A tarde, unindo noite e dia num abraço tardio entre gerações, indagava: onde esteve o pai...

Não há no mundo uma coisa que se repita. Tudo é novo, tudo é bossa, tudo é samba. Mas samba novo, bossa nova, noticias de novos tempos. Então se repetiu um som que, de inicio, ninguém identificou. Tinha algo de animal, algo de ceifador, algo que imperava um controle. Tocava o primeiro sino. Procissão de homens. Mas onde estão os homens?

Sofra hoje tudo o que puder. Mate, arranque pedaço e, aguardando a digestão, descanse por volta de uma hora. Não recomendamos nadar enquanto realizar este ato. A digestão mental ocasionaria um suicídio ideológico.

Sobre cachorros e gatos.
Limpos, confiáveis, tão selvagens, por vezes. Mas domesticados, foram salvos do abate. Não são como os outros, são diferentes. Eu preciso dessa dupla afirmação. Eu preciso!! Pois... não entendo...

Simulação da vida
Olhos veem, coração bate, olhos piscam. Corpo treme. Aproximação. Boca fala, lábios tocam pele, mãos suam. Bocas conversam sem palavras, mãos realizam coisas sem palavra ou leve descrição, corpos ofegam. Violência em forma de invasão de não se entende quem por o que. Bocas falam, lábios tocam pele, olhos não mais se veem.

Que de tão divinos, seus atos humanos eram vítimas de zombaria. Se corria para mostrar como se era insignificantemente mais especial que qualquer outro semelhante. Prometeu voltou e parou em frente a eles. Ele não trazia mais fogo, trazia um espelho.

A melhor caricatura feita sobre qualquer ser humano, poderia apenas ser feita por ele mesmo, entre quatro paredes, enquanto estivesse sozinho.

Ler me faz entender um pouco mais de mim mesmo. Mas há livros que de tão confusos, paro na primeira página, suspiro e me pergunto: estaria então minha história também já escrita?

No fundo do mar, prometiam tesouros aos patrocinadores. Era simples: temos as máquinas, vcs tem o dinheiro. Ficamos com uma parcela de tudo o que acharmos e vcs bancam as buscas. Psicologia.

Quando falo sobre “a loucura”, falo sobre algo alheio. “A” loucura. Como se eu fosse são o bastante. Até quando falo sobre “a minha loucura”, ela é algo que não me é inerente. A minha: posse. Algo que posso separar e controlar. Mas digo que a minha loucura, é a loucura de outros que vieram antes. Eu sou loucura. Há algo de mais “genial”?





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