15 de junho de 2018

B-storming

Sinta com cuidado o peso da minha mão
Ela bóia, mesmo tão pesada, assim como meus ombros
Dique de um mundo com correntesas de pensamentos correndo no mesmo lugar
Círculos de massa encefálica. Sinapses são flashes em minha mente
Cada pensamento transformado em palavra perde seu peso e ganha leveza, ganha os céus
Colore o meio dia e beija estrelas
Estrelas tão claras, dicotomia dos meus sonhos que com um toque turvam-se em despertar
Como água lamacenta. Afundei meu pé no lodo de minhas ambições e
Meu ego as mãos prendeu
Sorte que, por ser baixa minha auto-estima, ela conseguiu escapar sem ser vista
O que uma auto-estima tão baixa faria por si só?
Por dias, ela praguejou
E a cada auto-depreciação que ela infligia, começou a perceber algo
Ela começava a traçar melhor tudo o que ela era e, fermentando ideias sobre si
Começou a crescer e a se definir. Por estar só, aprendeu a relevar as opiniões que, em sua solidão, não recebia
Então ela retornou e se deparou com as ambições e o ego
Por mais bem alimentados que eles estivessem, estavam presos em seu lugar, definhando
O ego mal conseguiu reconhecer aquela que antes era tão menor que ele,
A ambição jurava que com a ajuda do ego, destruiria-a e manteria o status quo
Não houve tempo para uma batalha, pois com um toque da realidade, o ego explodiu, monstro/bolha de sabão que era
A ambição então sorriu para seu inimigo e o jurou lealdade. - Podemos conquistar o mundo!
A auto-estima riu. Riu, mas riu como nunca houvera antes.
A ambição não conseguia entender como a outra não compreendia as possibilidades
- Você será. Para sempre será. Sempre promessa de algo mais. Mas não pode aguardar a eternidade

   Já eu sou. Sou hoje, sou agora. Soul. E por isso sou eterno.

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