30 de outubro de 2018

Crush III

É que ando tão cansado de escrever. Cansado da minha prepotência.
Vivo de utopias escritas, mal sei o tamanho do seu abraço
Eu escrevi o próximo Eduardo e Mônica, dia seguinte nem me chamo Eduardo
Eu gostaria que vc tivesse terminado esse texto
I
II
III
Confundi teus suspiros tristes com o barulho das marés, e estou tentando enxugar todas suas ondas
Eu aguento a violência, cuido da tua ressaca, quero sua pele pérola, menina coração de lobo
Gravei suas memórias num pen drive mental, você segue comigo em repeat
Posso fazer pintar cada um dos seus sorrisos. Arrisca? Disfarça, mas pisca, Mona Lisa


Inventivo, mano, tempo é fogo, mano, tempo é jogo, ano passa, um sopro
O vento do ar contra o mar duelam, de onde vem o fogo? Ah não, fogo de novo!
Não apaga a faísca, solta fogos, é assim que se avisa no morro


Vem de cabelo solto, eu tô de capa solta, voltei a ser vilão, tirei tanto tua roupa, virou minha boneca, perdoam teus pecados, outro pega, te pego, imorais e blindados

Teu ônibus entrou de novo no mesmo mar apertado de gente apertando tua blusa... Heráclito é o voyeur da noite. Voulez-vous coucher avec il, ce soir? Me dá passagem!

E foca na dança da saliva dentro dessa tua língua tão gostosa aos ouvidos
Quanto mais perto tua boca do meu ouvido, só escuto segundas intenções

Esse texto nao era nem pra ter rima, não é texto para fazer amor, é texto para fazer armar. Quero cada linha indo para um lado. Quero cada estante contando um livro.

Queria uma Nárnia que nao lembrasse meu coração: bom, bobo e violento.
Surdo/mudo e quase perdendo o olhar, tanta faísca entre nós, deus deve estar cego
Eu não passo o WiFi, nem passo a Real
Ciência Sci-Fi, touch, passo a mão
Vem de perfume Baygon, eu nem me incomodo
Brisa da tua pele, tô pronto de novo
Eu gosto da tua pele, tua pele dá gosto. Delicada no rosto, outras tesão mais forte.
 Tapa! Amarro de novo!
Conhece as algemas? Fala! Ops, acena. Hoje não tiro a mordaça

Eu brinquei com a caneta e gerei palavras. Brincando com seu clitóris geramos mitologia. No final percebermos que restamos Faunos. Enquanto restar pão nós estaremos vivos.

Um mais um é igual a dar uma de novo, esquece a fonética, geme. Esquece a terra, treme. Esquece teu nome, depois de um grave desses vc merece até um Grammy. Escolhe um bem curtinho pra mim. Quero ouvir ofegante, molhada, Veneza, me suplicando o remo
III
II
I
É que ando tão cansado de escrever. Cansado da minha prepotência.
Vivo de utopias escritas, mal sei o tamanho do seu abraço
Eu escrevi o próximo Eduardo e Mônica, dia seguinte nem me chamo Eduardo
Eu gostaria que vc tivesse terminado esse texto
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