18 de março de 2019

Castelo de vidro moído


Pistola de dedo de Bolsonaro
Se enfrenta com cusparada Willys
Se não for Glória, talento de um pires
Não Alexandre, O Grande
Nem Tiago, Menor
Estou procurando a média
Pra dominar o meio
Ser o melhor em qualquer campo onde me colocar
Logo após, colher as flores. Colocar em seu cabelo. Pensa no cheiro
Cansei de poluir sua mente
Com meu dicionário tóxico
Fluência leve como água
Melhor me tratar
Tinha o mundo, quis dominá-lo e apostei minha vida
Me perdi por não saber brincar direito
Ou por saber brincar com os outros muito bem
Não há terra que esconda a heresia de um avestruz
Vomitando no buraco um saco de sapos de boca e cara amarrada
Tocar discos para trás é encontrar meus demônios
Rezo amordaçado pra não envergonhar a nudez dos anjos
Nem toco o nome Dela
Troco o nome Dele
Escrevi os dois num mesmo espelho
Por dois lados consigo lê-los
Nem tanto ao céu nem tanto à terra, mas queimado de sol
Voa um vagalume que perdeu seu brilho





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