18 de março de 2019

Eva


Salada de frutas, essa festa tá uma uva, e várias uvas
Doces. Ele se misturou mesmo sendo a seca
Total. Vibração alta, sonoridade tectónica
Balanço. Pra descansar, ainda que em movimento
Mente. Que ela levantou a taça e logo fez o brinde
Sangue. Quando quebrou a taça, ja era a quinta
Terça. Era o dia de um happy hour
Noite. Tomou as luzes e nossa lascívia
Arte. De dominar, num terreno sombrio
Calada. Ela reclamava estar sentindo frio
Caminho. Costurando o trânsito, uber é a carona
Destino. No motorista a face do Caronte
Gps. Trânsito na Consolação, parecia piada
Sirenes. Duas ambulâncias estão cercando a barca
Presa. Em sua condição, ela se sente imersa
Tato. Balinha e o tipo de som. Mas quem aqui quer conversa?
O coquetel terminou diferente
Entorpecida pelos doces da festa, deu perda total
E no balanço de suas mãos, sabíamos que na mente
Quem dizia-se salvador, a deu um cálice de fogo
E ela foi só descobrir no exame de sangue
O proprietário a olhou nos olhos, ela em estado de choque
Sorriso de canto de boca, havia a amaldiçoado à terça parte
Sem saber que repousava a noite aos olhos do inimigo
E a arte do cinismo implícita em seu “nada a ver comigo”
Acordou de um pesadelo em meio à calada
Sem mais se preocupar com o caminho, aceitou seu destino
Nem mais o próprio GPS sentia onde ela estava
O som das sirenes, sereias a levando às pedras
Presa fácil para os abutres, vítima do sangue
Foi quando então sentiu os anjos, os conheceu pelo tato





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