É como subir montanhas
Que se erguem atrás de vales
E se movem - anjos de mármore e asa quebrada - por ventos uivantes
Mas não ouvem, não sentem, não choram
Salivam cachoeiras e
Vegetam cores
Toda passiva
Tudo passando
Nada para
Toupeira em seu próprio labirinto
De ecos claustrofóbicos
Roedores em seu topo
Levantam bandeiras brancas
Camisa de força da apatia de seus finos braços
Letargia de auto-bandeirante
Liturgia da espiritualidade indígena
Em tribo sem curandeiros e alguns caciques sem nome ou registro
A chuva cai, troncos sem cabeça marcham de botas
O homem do barro molda homens de barro
Para declamar em auto-flagelo
- Nojo!
12 de abril de 2019
11 de abril de 2019
Achismos
Meus achismos são verdades
Ela acha que não os entende
Suas verdades então, num sopro,
Tornar-se-ão achismos
Já nem eu ou ela entendemos
Onde perguntamos como estamos
Respondemos pensar estar bem
E estar bem, por si, é tão bom
E o que é bom, me deixa tão bem
Que já sigo sem falsas impressões
Mesmo na impressão de errar
À minha face, marcada a impressão
Cicatriz difícil do achar
Que pensa mais que a mente
E olha e se apieda mais que olhos
Então toca, até que de longe, corações
Pra abrir e falar mais que eu
Ela acha que não os entende
Suas verdades então, num sopro,
Tornar-se-ão achismos
Já nem eu ou ela entendemos
Onde perguntamos como estamos
Respondemos pensar estar bem
E estar bem, por si, é tão bom
E o que é bom, me deixa tão bem
Que já sigo sem falsas impressões
Mesmo na impressão de errar
À minha face, marcada a impressão
Cicatriz difícil do achar
Que pensa mais que a mente
E olha e se apieda mais que olhos
Então toca, até que de longe, corações
Pra abrir e falar mais que eu
5 de abril de 2019
Ladrão noturno
Te pergunto: qual a sensação?
De sentir a morte passar pelos seus dedos
E literalmente, comer da tua mão
Você, emissário da morte
Sem capuz
O capuz sempre sobre a vítima
O maldito capuz
Seu medo são olhos que nunca poderão te reconhecer vivos?
Ou olhos que poderão te conhecer?
Os gritos da boca não acordam sua piedade, apenas os da alma, não é?
Sua alma grita a cada projétil deflagrado
Ela ficou rouca, muda. Muda! Há tempo.
E se os novos sapatos apertarem seu calcanhar, pense como eles irão laciar
Como vc e ele vão se laciar
Ainda há uma chance
Uma só. Uma para cada caminho. E cada caminho, tem milhões de escolhas. Cada escolha te pressiona de uma maneira que... você segue mudo
Mudo não pela presença de seu silêncio, mas sim pela ausência dele
Te falta silêncio e isso te é insuportável
Isso te faz querer matar. Mata!
Não perca tempo: mata.
Mas mata agora sem capuz
Seja um assassino justo
Se um dedo seu recuar enquanto estiver olhando meus olhos, sabemos o que vc não é
E sabemos o que eu não preciso ser
Em um momento da vida, nós nascemos
Uma parteira nos dá o primeiro tapa para chorarmos
Nossas mães batem nas nossas costas para gorfarmos
Alguém bate em nossos corpos pq pedimos
E queima, e dói, e excita
De sentir a morte passar pelos seus dedos
E literalmente, comer da tua mão
Você, emissário da morte
Sem capuz
O capuz sempre sobre a vítima
O maldito capuz
Seu medo são olhos que nunca poderão te reconhecer vivos?
Ou olhos que poderão te conhecer?
Os gritos da boca não acordam sua piedade, apenas os da alma, não é?
Sua alma grita a cada projétil deflagrado
Ela ficou rouca, muda. Muda! Há tempo.
E se os novos sapatos apertarem seu calcanhar, pense como eles irão laciar
Como vc e ele vão se laciar
Ainda há uma chance
Uma só. Uma para cada caminho. E cada caminho, tem milhões de escolhas. Cada escolha te pressiona de uma maneira que... você segue mudo
Mudo não pela presença de seu silêncio, mas sim pela ausência dele
Te falta silêncio e isso te é insuportável
Isso te faz querer matar. Mata!
Não perca tempo: mata.
Mas mata agora sem capuz
Seja um assassino justo
Se um dedo seu recuar enquanto estiver olhando meus olhos, sabemos o que vc não é
E sabemos o que eu não preciso ser
Em um momento da vida, nós nascemos
Uma parteira nos dá o primeiro tapa para chorarmos
Nossas mães batem nas nossas costas para gorfarmos
Alguém bate em nossos corpos pq pedimos
E queima, e dói, e excita
4 de abril de 2019
Espelho vazio
Sociedade dos poetas
Entretanto, vive
Não haviam palavras que preenchessem sua boca
O furo era imenso e invisível
As letras já não significavam
Respirar forte era levar mais
angústia aos pulmões
Sufocar era alívio
Morte era sua resposta para a
vida
Mas, não tinha ambas
Medo
...
...
...
...
...
Eu que te trouxe o passado num buquê tão cinza
Viva ao novo dia! Nostálgicos? Seringas e cadarços
"Não" é a palavra chave
Se eu me esconder mais um pouquinho, será que encolho e desapareço?
Desaparecer e aparecer na lista de procurados por: Ninguém
......
Olhos ou ouvidos? O que
prefere perder? Os olhos passam sentimentos de amor com intensidade. O ódio no
olhar era o mesmo
Bate o coração e entrega à
mesa passos diferentes. De tempo contido, mas contido num peito amargurado pelo tempo
Saliva sobra
Saliva sobra.
3 de abril de 2019
Textos que podiam ser uma tirinha mas devido à minha dificuldade de concisão, vão tomar mais o seu tempo. Ou: TQPSUTMDAMDDCVTMOST.
Opa, família! Tem...
Opa! Tudo bom?
Tudo! Tem como...
Stefan! Prazer!! Qual que é
teu nome, hein?
Meu nome?
É sim, teu nome. Qual que é?
É Clayton, senhor.
O cartunista escreveu certo
teu nome aqui, Clayton? É com A mesmo?
Cartunista? Moço, tem como vc
só me arrumar...
Uma letra? Cleyton, né? Mudamos
já! Mas fala aí, Cleyton!! O que trás sua visita aqui nessa área de fumante?
É exatamente is...
Veio pegar um ar? Veio no
lugar erraaaado, hein? Essa aí nao me engaaana! É fumante enrustiiiido!
Amigo...
É cooooisa pra se
guardaaaar...
Para...
Parôôôôô!!!!
Você pode me arrumar um
cigarro?
Poxa, Cleyton! Claro que
poosso, cara!!
*Cleyton dá um sorriso feliz,
nessa que vai ser a única marcação dessa tirinha*
Obrigado mesmo! O pessoal
aqui geralmente não...
Só que esse eu compreeei...?
...
Solto, já vi que você é ruim
de completar. Comprei solto. A gente vai agora ate ali na banca, e...
Não. Nem precisa, ééé...
Stefan!
Seu Stefan. Eu passo la
depois e pego!
Mas que isso, Cleyton! Minha
honra!! Depois você vai ter dinheiro trocado pra pagar? Chegar lá com nota alta
vai ficar sem fumar hoje!!
Mas tudo bem, seu Stefan.
Depois eu...
Me paga, claro. Ou deixa na
conta Dele...
...
...
...
... Lembrei, o cigarro! Vamo lá!
...
... Lembrei, o cigarro! Vamo lá!
Eu acho que eu vou embor...
Vamo indo pra banca daí você
vai me contando mais sobre isso. SÉÉÉÉRGIO? - O dono da banca é amigo meu - SÉÉÉRGIO! Separa um solto aí?
PRA JÁÁ, SEU STEFAN!
Agora me fala, filho - *Ele acende o cigarro para
Cleyton. Numa clara mudança de ideia das marcações do roteiro* - qual a sua preocupação sobre
ir embora?
...
Te falei da vez que o Sérgio
me vendeu a revista errada?? LEMBRA, SÉRGIO? O DIA DA REVISTA? Ah lá, ele
rindo. Ele acha um barato essa história.
...
Então sua esposa tá achando
apertado o novo apartamento?
...
Seu Stefan, por favoor. Para
de me mandar caixa fechada de Marlboro. Não tem mais onde guardar. Minha mulher
ta reclamando!
...
CLEYTON? É... O...
STEFAN!...EU-, é o que, Sérgio? Porque não avisou logo que não precisava falar
parando? Mas alto eu falo alto mesmo, porra! - CLEYTON? TO NO WHATSAPP, RAPAZ! VOU TE
MANDAR UMAS FIGURINHAS. PRA NÓS TROCARMOS!! NÃO É DE ÁLBUM NÃO, HEIN? É NO APARELHO
MESMO! Que se não, ele nao sabe, e...
*PÃÃM*
Fez pããm aqui, Sérgio. Ah,
foi pro dele. Coisa boa, hein? Rapidez!
...
Nooossa, e tua mulher te
deixou quando?... Que coisa, Cleyton!
...
Retalhos
Onde o colchão de um homem é a
caixa de papelão que foi dos móveis da sua sala de estar
Mola só conhece a que treme
sua cama com o peso do caminhão
Que passa pela ponte, fonte e
berço da preocupação, na falta da ação, dessa falta de emoção
Lavar passado em poça de ilusão sem usar a mão
Lavar passado em poça de ilusão sem usar a mão
Os homens são sereias,
cuidado ao os ouvir
Seu banquete de restos encheria o estômago de Hamlet
Dance com seu Sancho, jogue
um osso ao Alasão
E o crepúsculo chega mais
doloroso que o ocaso, perca tudo o que ganhou
Os amigos já não vê
Visibilidade pra que? Por não
me olharem os olhos, tornou-se invisível
Esse é teu único poder
Poder... perder
Então andem sozinhos
Tão apressados, tão ocupados
Andem sozinhos
1 de abril de 2019
Vicious eyes
Smoke a cigarette, let the
smoke smoke you down
Start it by the finish, straight maze
on your head, Pitfall
Smash it through the wall,
raise the glass, medicine 24/the best
Take a breath, feets in flat,
just relax, sip old Jack, marry me
Found out who you are in the
deep sea - shut up, listen! - bottom of the bottle's nest, boy
Be that bloke, how u even
dare? Eyes on her, i'm a mess
That you make me, i make you
I play me? Who play who?
Ride inside that night, ship
through
Don't let it sink, i'm onboard with
u
Eyes on your sadness is the
start, eyes that darkens even dark, thought's are killers - roses are red?
- killed my dreams, sometimes i think, time pass by
I look u, i say hi, you on
eye, lucky charm, drop a line, ménage with time, clock's also high, am i stand/bye? Your heart
beats hot, they not alike
Pierce me with a bullet,
forget the metaphor, cross my heart
Flush the feeling of that
voices in my head, need to feel you, touch will heal you, press S-A-P, A-S-A-P,
and hear in other languages: stay with me!
i admire you, i desire you, i designed you,
Joe says hi
Assinar:
Postagens (Atom)