14 de junho de 2019

Diferentes formas de amor (parte 1) - Onde se vende a vida


- Mas eu não vendo a vida! Eu vendo a ixpiriença. Pra mô de oce vivê.
Então oce ispirimenta essas ispiriença, antes de oceis morrê.
Sem nem mesmo sabê porquê...

E eu que aqui pergunto:
Qual é? Qual é? Qual é?
A experiência da gaiola pra quem tem asas, não pé?
Por quê? Por quê? Por quê?
No meu céu ao léu eu voo. Sou réu sim! De pronto, discorro. Sigo tenso, mas sem decoro: De amor eu mato, eu morro...

O sangue no meu coração tinha ferro suficiente para montar suas próprias grades. Eu te guardei numa caixa: Torácica. A Vênus em minha galáxia dorme bem, numa cama estufada de fé, de uma noite onde quem brilhava era um eclipse. Cessaram-se os pensamentos, era tudo agressão e covardia. E foi nesse dia que Vênus de Milo nasceu, e me trouxe de sua Terra, uma maçã.

- Sorta eu, seu guarda!
Sorta. Sorta!!
- Isola o mau agouro do isolado. Lá fora, nós semo nossos carrasco nessa velha liberdade

- Soltem. Primavera trouxe o alvará
Advogado nem conseguia montar
N'égua leva chumbo leve

- Estou livre do julgamento?
- Devido ao seu parco provento. Vida farta! Povo farto. Eis a Justiça!

Seguimo inda ao relento. Sem pão, só sol e pavimento.
Na seca estufa do peito, hj, só mi cresce bastão do imperador...




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