Alguns escrevem cartas que confundem pessoas.
O sentimento que inicia é verdadeiro, mas sou, também, uma pessoa.
Não coloco endereço, mas sim trilhas
Queria escrever, ela um passo a frente
A trilha toca, troca a trilha?
Pra onde voltar, prometo sempre chegarem cartas sem endereço
Tantas extraviadas entre minha mente e o atrito com cada tecla
Nosso mundo deixará de ser touch?
A tecnologia, tão abstrata perto do concreto intransponível do teu corpo
Ainda assim, cruzo teu olhar e te entendo
Teu olhar para fora, eu, fundo, tão dentro
Me afago em afogos, divido biles passadas
Engasgo em ressacas, mar e sereias balançam
Seu abraço me cobre, ouro algum transmitiria
Tanto valor ou calor a futuras gerações
E vc me acordou em alguns multiversos
Me dando bom dia
Nos outros, simples
Me beijou
Desligou a luz
Disse: dorme,
Ainda não é dia.
Toda carta escrita pertence à saudade.
E esse endereço, só consigo te escrever de longe.
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