Olá! Sejam bem vindos. Encontrei esse texto nos rascunhos deste blog e fui idiota o suficiente de escrever esse prólogo antes de anotar a data em que o texto foi originalmente escrito. Logo, não me recordo quem era o "metido a besta" ao qual me refiro. De resto, tomem água e tentem também não se suicidar. Aguardem as balas dos militares que vem aí, sera mais fácil. Aqueles metidos a besta...
É parar, pensar pra levantar feito gigantes
Hálito de falador virou só pó nos meus ombros
Tiro todo o peso com a brisa de só um sopro
Quantos mais desses mortais aguentarão andar no Tártaro?
Você já viu um gigante livre? Veja, seja, toca, beija
Mandinga nova que olho torto aleija
Olhai as costas UHAAA! Identifique as asas
E cada pena gela a cena quando entendem que são vidas
Que eu toco tanto coração com o dom das minhas palavras
E cada coração que me sente compassa as batidas
Quem é o médico e o monstro aqui nessa conversa?
Eu tava morrendo, então os doutores salvaram minha vida
Ah, mas Miguel, não seja relapso
Enquanto aquele metido a besta sorrir, eu não relaxo
Desculpa, mas não me encaixo de quem olha de cima abaixo
Eu meço humanos com as mesmas métricas da poesia
E com o tempo alguém com lanternas encontrará sua humanidade
Quando luzes celestes deixarem de iluminar esse seu pântano
Se espanta não
É mais fácil de modelar quem já é padrão
Me perdi nesse desvio na rota da tinta no papel
Hoje abri os olhos enxergando vidas em todas as formas no céu
Mas te olho triste pela nuvem negra cair em forma de depressão no véu da noite
E olho feliz por você evaporar
Signos: você nunca conseguirá alcançar...
Enfim, so far, bequin, soltar,
Por mim, o par? Quero sim, vem cá
Simba, Nala
Mas é que não posso mais fazer um texto crush 4
O que eu posso é te soprar
Sempre no limite te vi, ardeu vermelho, fogo
E o balde de água fria não conseguiu apagar.
27 de fevereiro de 2020
(des)equilí-brio
Preciso sair daqui. Cansei do meu colega de 1/4 (Ou mais, nunca se sabe...). Você me prometeu, doutor!
E promessas morrem ao fim das relações. Todos vão embora
Eis o problema: Distanásia!
Um apocalipse tecnológico e lá se vão caindo meus únicos satélites
A gravidade se compreende na teoria. Na prática, bem... na prática só entendemos da boca pra dentro
- Por que você opta por não falar diretamente?
Porquê... nunca me perguntei o por quê... talvez eu queira reconstruir tudo sozinho...
- Você se sente s...
Por favor, não. Estou anestesiado como que para uma cirurgia onde arranco mais que dentes
Sinto o perfume, compreendo os sons, vejo os limões da vida, os como, e nada me sacia.
- Tenho um ditado para você...
Odeio limonadas! Nada mais é doce, doutor. Hoje prefiro chupar esse limão com os olhos
Nesse carnaval quero me fantasiar de Édipo, voando nas asas de um Ícaro e tornando-me cinzas antes mesmo de tocar o solo
- Tragédia!
Que me daria um prazer quase cômico! Com o fim dos oráculos encerramos a era dos deuses. Não há mais pecado, e o destino é só um lugar para onde olhar.
- E um objetivo
E depois? Somos cães correndo atrás do próprio rabo
- Eles correm atrás do próprio rabo por problemas de saúde.
Ok. Então somos Sísifos impressos em 3D e bombardeados por atualizações sobre "metas" e "necessidades" geradas por marketeiros. Não podemos culpa-los. Nosso marketing pessoal é tão desprezível quanto. Somos tão bons...
- Tentamos ser o melhor que podemos em cada situação de acordo com nossas possibilidades
Para que? Se as convenções sociais não atravessam as paredes de nossas casas! E quando saímos, tiramos fotos do que somos: apenas imagens. Somos imagens e nada além disso. Temos medo de sentir. Somos um flipbook
- Bem... tudo isso é realmente muito interessante. Entendo que fizemos algum progresso aqui hoje.
(Então você não entendeu nada...)
- Temos ainda alguns minutos. Gostaria de falar sobre mais alguma coisa?
Hmm... se importa se eu dormir um pouco?
- Quanto tempo?
Uma vida
E promessas morrem ao fim das relações. Todos vão embora
Eis o problema: Distanásia!
Um apocalipse tecnológico e lá se vão caindo meus únicos satélites
A gravidade se compreende na teoria. Na prática, bem... na prática só entendemos da boca pra dentro
- Por que você opta por não falar diretamente?
Porquê... nunca me perguntei o por quê... talvez eu queira reconstruir tudo sozinho...
- Você se sente s...
Por favor, não. Estou anestesiado como que para uma cirurgia onde arranco mais que dentes
Sinto o perfume, compreendo os sons, vejo os limões da vida, os como, e nada me sacia.
- Tenho um ditado para você...
Odeio limonadas! Nada mais é doce, doutor. Hoje prefiro chupar esse limão com os olhos
Nesse carnaval quero me fantasiar de Édipo, voando nas asas de um Ícaro e tornando-me cinzas antes mesmo de tocar o solo
- Tragédia!
Que me daria um prazer quase cômico! Com o fim dos oráculos encerramos a era dos deuses. Não há mais pecado, e o destino é só um lugar para onde olhar.
- E um objetivo
E depois? Somos cães correndo atrás do próprio rabo
- Eles correm atrás do próprio rabo por problemas de saúde.
Ok. Então somos Sísifos impressos em 3D e bombardeados por atualizações sobre "metas" e "necessidades" geradas por marketeiros. Não podemos culpa-los. Nosso marketing pessoal é tão desprezível quanto. Somos tão bons...
- Tentamos ser o melhor que podemos em cada situação de acordo com nossas possibilidades
Para que? Se as convenções sociais não atravessam as paredes de nossas casas! E quando saímos, tiramos fotos do que somos: apenas imagens. Somos imagens e nada além disso. Temos medo de sentir. Somos um flipbook
- Bem... tudo isso é realmente muito interessante. Entendo que fizemos algum progresso aqui hoje.
(Então você não entendeu nada...)
- Temos ainda alguns minutos. Gostaria de falar sobre mais alguma coisa?
Hmm... se importa se eu dormir um pouco?
- Quanto tempo?
Uma vida
24 de fevereiro de 2020
Algemas
Teu corpo é uma lira
Mente gira, sim, hoje é dia de gira
Nem sei quem agora toma possessão de qual corpo
Sei que saí do meu enquanto te sufoco
E por pouco
Tu não junta ar para falar seu último obrigado
Por que precisa ser tudo tão extremo?
Toque, beijo, tapas, eu e tu, quebrando a rima e a cama
Pois gememos por tantas línguas diferentes essa manhã
Que mesmo ela seca, te cerco, teu corpo me dá água na boca
O sussurro no ouvido bombeia mais rápido meu sangue
Tua voz é seminal
O teu cheiro é viciante
Teu olhar me excita
Gosto de uma putaria inocente
Os corpos se empenham, a gravidade aumenta, pau, buceta, por força se juntam
Nos parece tão natural
Como tudo o é
Fazes o que queres, há de ser o todo da lei
Te algemo
"Fazes o que tu queres, há de ser o todo da Lei. O amor é a lei, amor sob vontade."
- Thelema
Esse não vai ter nome
Como quem não quer nada, eu quero o mundo
Não sei, mas ainda posso voar
Acho que já gostei de você
Quando na banheira ainda brincava de barquinhos feitos de papel
De cartas escritas pra você
Por isso acho que já gostei de você
Mas você era um nome tão comum
E não me lembro do seu
E por isso te perdi numa neblina
Feita de suor frio e tantos outros
Onde na penumbra só enxergava tua silhueta
Eu adoro teus seios
Mas o bom da lua é ser singular
E o bom na noite é ser plural
Talvez seja melhor não mais lembrar seu nome
Pois assim te encontro em cada esquina
No olhar de uma criança no colo de sua mãe
Não sei, mas ainda posso voar
Acho que já gostei de você
Quando na banheira ainda brincava de barquinhos feitos de papel
De cartas escritas pra você
Por isso acho que já gostei de você
Mas você era um nome tão comum
E não me lembro do seu
E por isso te perdi numa neblina
Feita de suor frio e tantos outros
Onde na penumbra só enxergava tua silhueta
Eu adoro teus seios
Mas o bom da lua é ser singular
E o bom na noite é ser plural
Talvez seja melhor não mais lembrar seu nome
Pois assim te encontro em cada esquina
No olhar de uma criança no colo de sua mãe
20 de fevereiro de 2020
Árvores são frutíferas quando não estamos olhando?
Escondo na tundra
Uma foto tua
Projeta, insinua
Querer o bem, sem figura da linguagem
De procurar os passos físicos de tua memória
Sua física semeia ideias quânticas que me relembram prédios
E filhos, folhas em branco do DNA repartidos em dez matérias
Um para cada letra do teu nome
Um para cada dia da semana
7 são as cores do arco-íris
E então o prisma torna-se o real. E o resto, laranjas
...
Fechar
Se conhece a capa, conhece os vícios
Meus livros tem orelhas
Os seus tão novos, tão sóbrios, tão certos
Eu nos reescrevi numa página rasgada
Colei respostas picotadas, dadaísmo em ferroadas
Hoje eu poupo muito mais
Hoje eu amo a natureza
Ser humano é animal
Ser humano é animal
Uma foto tua
Projeta, insinua
Querer o bem, sem figura da linguagem
De procurar os passos físicos de tua memória
Sua física semeia ideias quânticas que me relembram prédios
E filhos, folhas em branco do DNA repartidos em dez matérias
Um para cada letra do teu nome
Um para cada dia da semana
7 são as cores do arco-íris
E então o prisma torna-se o real. E o resto, laranjas
...
Fechar
Se conhece a capa, conhece os vícios
Meus livros tem orelhas
Os seus tão novos, tão sóbrios, tão certos
Eu nos reescrevi numa página rasgada
Colei respostas picotadas, dadaísmo em ferroadas
Hoje eu poupo muito mais
Hoje eu amo a natureza
Ser humano é animal
Ser humano é animal
Assinar:
Postagens (Atom)