14 de agosto de 2020

De volta para o futuro

Guardo lembranças pelas minhas fotos
Que por serem lembranças já resumem os fatos
Me aceitava no espelho em heterônimos românticos
E pelos meus cânticos, romantizei onde meus sonhos nem chegavam
Mas fazia de todos romances de capa e espada
Sinceramente, além da capa, meu livro era um nada
Ao menos é o que eu pensava
A sensação do folheto, que sem folhas, será pra sempre página virada
As vezes me acho pra caralho pois é difícil me encontrar
Sou bala perdida viva, quem hoje vou alvejar?
Cansei de atirar pros lados, cansei de recarregar
Cansei de tiros pra dentro, não pretendo mais sangrar
O paraíso está no meio, o inferno em querer dar os extremos
Hedonismos à margem, nos adornemos!
Eu sempre tive as velas, velozes, mas sem um remo ou leme
Era só uma nau à deriva, queimo o frame
É como um peixe que pensa ter de ser o centro do mar
Com medo do mais profundo, da sombra, medo de aproximar
Perdurar, ao pensar ser difícil, faz perder o ar
Então morro por contatos diretos de sonhos do Nosso Lar





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