Overdose de ideias
Desnutridas de originalidade
Formados robôs, formatados diariamente
Formandos de um mundo em caos
Treinados a abraçar as sombras
E agradecer
Sou um filtro vindo do barro
De sonhos, água e sangue
Ignoro o resto
Imploro o pouco
Pois são só palavras
E se são, sou palavras
Só serei, exceção
Às minhas próprias grafias
Serei sincero aos meus próprios mundos
Acariciado pela brisa, ondas e sonolência
Coagido por um universo sem leis
Preso e carcereiro
Médico alienista, louco alienado
Corto o fio da realidade com machados de Assis
Embora ele santo fosse...
Quebro lógicas, moldo forjas, reflito e derrubo
Com meu fechar de olhos, tampar de ouvidos e amordaçar de lábios
Então nada vejo, nada ouço, nada falo ou sinto
Entorpecido pelos novos e velhos Sentimentos do Mundo
Com apenas uma mão para anotá-los
Com a outra, cubro os olhos enquanto choro
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