Folha em
branco, verso branco, bolha
Palavras não querem se posicionar
São todas
soltas, o arroz dos meus versos tá sempre no ponto
Quantas
palavras entraram na receita do mundo?
Saímos do
mar, minhas lágrimas salgam, sou mar
Imagina só a tristeza do meu oceano
Vivo o
fundo por meio de aparelhos
Aparelho
sensações, raio x desvenda só esqueleto
E quando
eu começo sigo sendo discreto
Eles não
me veem substantivo? Sou verbo! Firmo os tempos
A minha
eternidade é formada por cada um desses momentos
em que
Confundo
pontos com vírgulas pra ouvir mais exclamações
Essas
manchas no papel leem melhor seu futuro
Tirei a
mira a laser assim que comecei a atirar no escuro
Um cego
me vendeu um seguro
Saio de
casa e só vejo mais muros, não estamos seguros, procuro mais cegos
Tempos de golpe e...
Silêncio cria
Poetas. Meu seppuku
Gerará haikais
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