6 de novembro de 2018

Bushido

Singular, abro a folha


Folha em branco, verso branco, bolha


Palavras não querem se posicionar

São todas soltas, o arroz dos meus versos tá sempre no ponto
Quantas palavras entraram na receita do mundo?

Saímos do mar, minhas lágrimas salgam, sou mar

Imagina só a tristeza do meu oceano

Vivo o fundo por meio de aparelhos

Aparelho sensações, raio x desvenda só esqueleto

E quando eu começo sigo sendo discreto

Eles não me veem substantivo? Sou verbo! Firmo os tempos

A minha eternidade é formada por cada um desses momentos em que
Confundo pontos com vírgulas pra ouvir mais exclamações
Essas manchas no papel leem melhor seu futuro

Tirei a mira a laser assim que comecei a atirar no escuro

Um cego me vendeu um seguro

Saio de casa e só vejo mais muros, não estamos seguros, procuro mais cegos
Tempos de golpe e...

Silêncio cria 
Poetas. Meu seppuku 
Gerará haikais








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