Preciso fugir um pouco de mim
Eu tô cansado de mim, simples assim
A vida aplaca meu conceito de fim, enfim
Olhando de fora nem deve ser assim tão ruim
Quando o sentimento ruim é interno
Quando o batimento culmina com o inferno
Quando a lembrança te traz nojo
Hoje pintei a cerâmica sem nem estojo
Aí lembrei de tantos sorrisos que já tirei
Foi quando conversei com deus, ou algo assim
Algo me disse que eu tô salvo
Eu disse que não, não tô: Salvo!
Mil à esquerda, dez mil a direita
E eu sentindo cada hit
São: onze, onze, onze, mil anjos e demônios me chamando para um feat
Que os sons na caixa não te irritem enquanto nos perguntamos: Estará ele vivo?
E hoje sou o número um, uno, único
É! Por isso meu tamanho não te serve
Pôr isso na sua boca só traria desgosto
Já eu envelheci tão bem. Carvalho me transformou num monstro
Liberei a minha sombra, sinto outros gostos
Memória anda pesada, corto outros rostos
Julieta nesse filme está gravida
Por isso gritaram que Romeu tem que morrer
E sei lá, ainda tô quente
Preciso de alguém que me reinvente
Não passe a mão ou pente se não for fino
Agulhas penetrando, tô me destruindo
Pedaços de seda, tô me enforcando
E as rosas tão me agredindo
Sinto muito não há futuro, tô só regredindo
Sombras na caverna e então acordo caindo
Nenhum comentário:
Postar um comentário