5 de novembro de 2018

Sem nome 1 / Impulso

Você é fechada, fachada pros outros,
Ainda tô corpo fechado.
Todos querem ter histórias pra contar, e recontar, ninguém quer ser Forrest Gump
Hoje acordei e quero correr, só correr, você desamarrou o teu cadarço
E penso assim pois nasci em janeiro, e em janeiro, no calendário sou funcionário do ano
É que deixei crescer a minha juba, juba, juba, juba... o mágico não tem só coelho na cartola
Quando anoitece em Paris, sorri e diz: não seja brando
Reparei nas luzes ao perder teu olhar, e ao olhar, recebi tua calcinha, nem me chamo Wando
Capitães ao mar, heróis no mato, esquecemos quem manda, comanda sincera como o desejo
Cê tem outras doses? Cê tem outras vozes? Cê tem outros beijos? No frio dei tanto play, peguei polifonia
Sou o Froid que novo jaz, garota, pois não via sentia luz






Hoje estou me sentindo vivo
Hoje vou ser, brindo com um vinho
Amanhã quem pode saber
Vem de meia taça se quiser beber

Interfonei pra baixo, avisei a recepção
Quero uma boa recepção, atender suas vontades
Tapete vermelho não voa, não serve, não cabe, não deve
Somos investidores do amor. Não são abraços, realeza e seus royalties

Dançando em boates
Valsando. Boa? Bis
Voando, colibris
Dosando o mel, fiz

Vista grossa. Ninguém se empossa
Risca a pólvora, mostra, convém bossa
Ou funk, íris, língua, toca, placa tectônica pelas suas costas
Nem vi, na mesa tem gim e tônica

Não feche os olhos se não quiser perde-los de vista. Começa. Confio.


Vamos escrever juntos nossa utopia
Em que seus olhos sempre estejam aguardando ao final da ponte
Onde meus olhos não se escondam sem nem saber aonde
Perfume amadeirado
Lábios vermelhos, placa avisa
“Trago de volta o gosto
Do pecado em uma noite”







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