Guardo palavras em baús, preciosas, não compete
A quem carrega dicionários e rasga tudo em confete
Terror das letras, técnico, lanço ideias em teia
Mente ilícita, sangrando a luz de uma lua cheiaPuro, no doce do meu amargor, me afogo
Murros e coices líricos, na natureza logo
Tipo login, no sapatin, chego e dou entrada
À sua saída, corpo e janela estão fechadas
Sua confiança, em meu tsunami se mostra fachada
Sua panela, de tanta pressão na rua, ladra
Não escuto, o barulho da minha obra cobre
Mestre de obras! Roda peão, antes que vc sobre
Poeta das ruas, letras com peso de concreto
Mãos calejadas da caneta, saio ileso dos escombros de seus versos Lego
Seus caracteres se reviram no túmulo, folha revolve
Ela só têm química comigo, letras tão ácidas que a folha dissolve
E chove em poesias. Coloca a língua pra fora
Seu domínio da língua à míngua, boroca, bebe meu foco agora
Sou foco e sufoco a falsa concorrência como sulfato, cospe
Voem com prudência, Ícaros, do meu espaço abato Cosbys
Sou um gigante e meu talento arranha-céus
Julgando deuses, sento-os no trono dos réus
Vou confabulando com as estrelas e anjos em enoquiano
Deuses cochichando? Silêncio! Deidades tão tipo: tá tirano
Mostrar pela minha lente, sigo, frente, rei insurgente
Tirem minha lente, já vi que ceis não aguenta os mil graus da patente
Nenhum comentário:
Postar um comentário