Cinco minutos não dá tempo para nada. É o que eu acho. Você liga o carro, liga o rádio, o ar condicionado, pq o sol já está estalando desde cinco minutos atrás (que foi quando ele raiou, então se ele teve tempo de esquentar tanto assim em cinco minutos), então o carro morre pq você não segurou a embreagem. Mas o que é a embreagem? Tive cinco horas de aulas práticas, nas cinco não consegui entender direito. O que fazer agora? Cinco minutos. Há uma notícia que chega ao rádio: trânsito na marginal. Porra, vou estar lá em dois minutos. Já passaram 5 senhoras desde que comecei essas coisas. Cada uma com uma muleta e seu respectivo cachorro. Uma tinha um gato. Essa tinha um jeito mais punk mesmo.
Ok, saí da garagem. Cinco segundos é o tempo que a porta, automática, pois gostaria de economizar no tempo de saída, demora para se abrir por inteiro. Gastei até agora 1 minuto. Dirijo, dou bom dia aos vizinhos, que sempre estão na porta varrendo seus quintais (como eles tem tempo para isso? De quando acordo, até eu sair eles ainda estão nisso. Não trabalham?).
Chego ao dito engarrafamento!
- BAAAALAAAAA, MENTOOOOOOS!, diz o ambulante, em profundo pleonasmo.
- Pleonasmo, senhor? É nome da fábrica isso?
Não tenho tempo de explicar a ele.
Ar, música, banho maria marinado em suor, dentro do meu próprio carro... Vocês sabiam que carro funerário tem buzina? Para que a pressa, alguns se perguntam... digo que os mortos que sabem administrar melhor seu tempo! - Me enterrem logo ou a coisa vai feder pro seu lado!
Abriu o farol. Tem mais 15 em direção ao trabalho. 15 dividido por 5 igual a 3. 3 acidentes na marginal. O jornal diz 3, pelo meu rádio. Mas olhando aqui, o número de tragédias familiares parece desproporcional ao número 3. Calma, andou, VIVA AO AUMENTO DE VELOCIparou de novo...
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