1ª PARTE
É sobrenatural. Tu, Ferrari, ferro, dama. Eu, abaixo, merda, lama. O que tenho? Vontade de vc. Vc? Um paralama.
É que meus raios de saudades rebatem na doma de seus olhos e tudo isso (pq?) não entra na minha cabeça. Minha mente organiza bem o furacão de seu olhar, os vendavais em teus cabelos, sua boca em erupção formando sorrisos (mas seu calor não me afasta... não) e na imaginação repriso cada um que tirei (venci? Ou me perdi?).
Minhas lágrimas se enxugam e se perdem em teu suor (pq corres tanto?).
Um sorriso amarelo teu me deixa vermelho (ela sorriu para mim?), roxo (se não foi, me flagelo) azul (ou a cor que você quiser).
Prometo três pulinhos para encontrar o caminho de seus braços, pular sete ondas para receber seu beijo, meu coração como oferenda ao teu corpo (vc quer?).
2ª PARTE
Mas nada é o bastante, Eva. Te idealizei, vc nem é o ideal. Eu não sou. Eu caminho com Nuit entre minhas ilusões com passes leves para não acordar Lilith de meus sonhos mais depravados (não eras a única, Eva?).
3ª PARTE
Baco me oferece um vinho com teu nome. Tomo. Não. Não tomo... Cuspo!
Me perdoe por não poder te jogar a peste. Mas a morte nos acena a cada esquina em guerra por pessoas que tem fome. E quantos tipos de fome se tem! Nesse momento, sinto fome da tua alma. Ela é ainda sua? A morte nos acena a cada esquina... onde crianças dançam. Ou serão sátiros? O cheiro de enxofre já me entope as narinas... É a morte...
EPÍLOGO
Se juntam numa mesa Caim, Brutus, Judas, Doña Marina, Heinrich Himmler, Silvério dos Reis, Pinochet, Domingos Fernandes calabar, Guy Fawkes, Aldrich Ames, Wang Jingwei, Iago e eu. Cada um confronta suas mentiras e renega seus atos, suas obras. A morte serve o último prato, pega pela mão um por vez e, enquanto nos atravessa por um corredor, apaga nossos nomes. Apaga o seu nome. Anjos cantam.
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