16 de março de 2020

Aos cuidados dos que estão perdidos

Linhas em branco fazem eu me esquecer, mas...
Eles dizem que o quarto tem paredes
Com paredes cheias de ouvidos
Sua cabeça, filhx é tão dura
Conka é albúm pra ser sentido
Vivo, com a ciência a tira colo
Me libero ao solo, com as quatro, deito e rolo
Vinte, me dou conta. Tu tinha razão
Antes das Genis, Fridas do coração
Conselhos gentis, condiz-em com a cor dos seus olhos
É como descer mais dez em meio ao pôr-do-sol
Dóls, Rolls, royce, tão forró, tão feroz
Nado nas ondas da tua voz, antes mesmo e no após
Todos veem, combinamos como dominós
Já não te tenho na visão, e a impressão
Quero em 3D de lhe ter no colo
Não imploro, sigo, logo ligo
Me tira de casa?
No seu suspiro, mal respiro, coração já dispara
Cê tá com cara, mas de mim cê tá sem vontade
Tá aqui pela metade, zero novidades
Acompanho sua vida como assistia Chaves
Mas me sinto o Godínez
Te abraço como numa despedida em Acapulco
Parte de mim não volta, o corpo é sepulcro
E é muito louco ser louco, pois quando mudo
É o momento que consigo escrever tão surdo
Tão burro, tão cego, nego a realidade
Never wins, Luiz Lins, então tô bem de verdade
Sobrecarrego de peso, gero instabilidade
Peso o sol com a peneira, guardo todo em meu vaso
E se abrirem, lá dentro a esperança é o que trago
Não de afago, afogo tudo em beijo molhado
No selo do envelope endereçado
A quem meu destino hoje tem traçado
Sim, sou remetente e destinatário deste relato dado
Sinto saudade, como uma casa assombrada, tenho me abandonado...




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