Você é o mal que mais me acalma
É trabalho de Sisifo na reta
É autêntica por si, a moral alheia não lhe interessa
És selvagem em meio às ovelhas e rasga seus ternos de lã
Mas, tua presença metafisica exige um pagamento
Como em qualquer filme sobre pactos
Você exige minha alma
E o que me oferta é compaixão
Diz ter passado já por isso
E então sabe consertar minhas asas
Vida, não deixes digitais em minhas penas
Morte, prazer! Te mostro os aposentos:
- A parte de baixo permanece nova
Pois víamos os furacões pela janela mas só ficávamos de olho
A ala central teve alguns vazamentos e tecidos destruídos
E por isso já estamos esvaziando tudo e deixar só o necessário à estrutura
A parte de cima fizemos alguns consertos
Mas vira e mexe
Tudo ali é pintado em tinta fresca e a qualquer momento
Sozinho o quadro pode se borrar todo
Como... como se uma imagem feliz viesse a tornar-se pântano
E você sabe quanta energia é necessária para se livrar de um pântano?
Eu não cheguei aos 30 mas já me sinto velho
Que volta à juventude ao lado de rapazes, mas sozinho envelheço ainda mais rápido
A naftalina já passou da casa para meu corpo
Três cápsulas pela manhã em jejum
Nenhum médico me receitou essa medicação
E por isso eu me receitei hehehe
Sou o mais velho daqui de dentro, meu senhor
E eu lembro os tempo áureo daqui da área
O tempo em que os sino badalava mais descompassado
Mais ráápido
Eta tempo bom! Os filme que passava lá na central era só comédia romântica
Daí nois comecemo a viver foi uma
Tu acredita que até *i**e* tava saindo aos poucos lá de dentro?
Quando a cidade viu, ficou todo mundo olhando
Mas o menino logo se assustou e voltou pra dentro
Pareceu só um tantinho do rosto assim
Não que a moça tivesse o assustado
Ela era boa
Ele que era assustado mesmo. O menino tem uma espécie de trauma, cacareco de coisa com o pai dele
Que faz ele se julga muito e ter uma restrição mental quando se imagina perto do erro
O menino é meio lerdin sim hehehe é verdade
Mas grande parte da culpa é o Seu M**, é o zelador
Ele que passa essas ideia rígida pro pobre menino, coitado
Bom, acho que das coisa aqui de dentro isso é tudo
Té logo! -
Se aceitar, Morte, o que lhe oferto
Peço apenas viagem em barca calma
Agitado já me farta o rio dos vivos
Meu corpo já vem marejado do asfalto
Aperto sua mão e seus dedos se enchem de carne
Teu rosto, teu corpo
O abraço
Nos desejo um eterno até amanhã
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