10 de março de 2020

Love you por tempos, horas, cegundos

Dançando feito cowboys, a sós, canção, lençóis
Lavamos a roupa de cama juntos
A fantasia vira escape do enclausuramento
A solidão por dentro
(voz distorcida) A sanidade é um veneno
Dentro e fora do teu corpo a todo tempo
Ao mesmo tempo, concentro,  na vanidade sou pleno
O inferno são os outros, são vários, ovários de traumas
Criadores de conceitos assassinos de almas
Débeis humanos, é imoral
Na moral, há um mural entre a imagem mental
Que cês fazem ao se acharem deuses
Nesses panteões até Shiva era amoral
Deles sinto uma gravidade que me achata
Comprime e incharca
Minha mente ao contrário seca
Olhos me secam, sirenes me encantam
E cantam o caminho secreto pra Hamelin
Pronde vamos ao ramelar
Conhece-te a ti mesmo nessa solitária
Cidade de cimento sem cores, vejo cinzas pra todos os lados
Sinal que há então várias bagas
Sinal que rola vários bagos
Extorsão é o sinal que ambos os lados nos ladram
Mas o que morde é ser o mais observado
(Sussuro) Observado
Não são olhos amigos, eles já não nos têm cuidado
(Sussuro) Eles tomam cuidado
E tudo isso enquanto estou dentro, lamento, baby
Só toco a luz de seus olhos ao atravessar meu labirinto mental
De luz apagada, natural. Quantas noites: tudo igual
Conto os dias pelas vezes sentado debaixo do chuveiro
Modo inverno
(sussuro) Estação: Coração
O calor nessa água me lembra o seu corpo e me cobre
Deito molhado e de manhã ao acordar te evaporas na cama e em sonhos

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